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Desfrutando uma Experiência Completa

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Semana passada, a AI (AIESEC Internacional) mandou um e-mail para cada membro da AIESEC desejando um feliz ano novo. Nesta carta, tinha uma frase que me chamou muito a atenção. Dizia mais ou menos assim:

"A AIESEC é um dos maiores tesouros escondidos do mundo."

Fiquei com isso na cabeça e me pus a pensar um pouco sobre isso (sim, para mim que estou pensando em alumnar - sair da organização - o intercâmbio tem sido uma incrível oportunidade de relfexão).

De fato, nesses últimos dois anos a AIESEC tem sido uma experiência e tanto. Estava lendo no blog de uma amiga, a Fabi da PUC, um ensaio sobre a palavra experiência. Não tem palavra melhor para definir esse tesouro que é a AIESEC.

Experiência de fazer um experimento. De colocar num frasco os mais loucos ingredientes possíveis e ver no que dá. De errar e de tentar de novo. E de as vezes errar de novo...

Experiência de se experimentar. De se colocar a testes e provas para se conhecer melhor. De descobrir quais são os seus limites e superá-los até encontrar novas
barreiras. De não conseguir mais parar de se questionar.

Experiência de experimentar o mundo. De conhecer culturas e modos de pensar através dos próprios sentidos ou mesmo pelo relato daquele que já sentiu e agora quer dividir o seu mundo com os outros. De ser também os olhos pelos quais as pessoas expandem sua visão de mundo.

Experiência de ter histórias para contar. De colecionar lembranças que vão ser guardadas para o resto da vida - como aquele dia em que se alcançou um resultado, aquele em que se riu muito ou aquele que deu tudo errado.

E tantas outras formas de experiência...

É por isso que a AIESEC é feita para jovens. Porque temos essa vontade de ter experiências e, talvez, essa seja a hora mais propícia de tê-las. Depois vamos precisar delas - e isso é certeza.

Agora fica cada vez mais claro para mim porque ter as posições de liderança e os intercâmbios se complementam para a formação do agente de mudança - o produto final da AIESEC, digamos assim.


Experiência de fazer um experimento. Minha experiência de liderança como Diretor de Recursos Humanos foi praticamente isso. Dentre tudo que eu precisava para liderar um time faltava uma coisa essencial: lidar bem com diversas pessoas. Comecei errando, levando as ideias prontas para meu time, me valendo dos estudos que já tinha feito. E durante o ano fui tentando e errando até ficar cada vez melhor. Até perceber que se eu adequasse minha relação com as pessoas de acordo com o que elas são e acreditando nelas, nós poderíamos fazer muito como um time.

Experiência
de se experimentar. Talvez isso seja o que eu mais gosto de fazer dentro da AIESEC. Quando fui aprovado no processo seletivo, não fazia ideia do que era capaz e do quanto eu tinha para me desafiar. E por isso trabalhei nas coisas mais diversas dentro da AIESEC (abertura de vagas de intercâmbio em ONGs, organização de eventos, recursos humanos..). Buscando em mim uma inquietude em aprender coisas novas e me adequar a elas. Como agora, quando resolvi vir para meu intercâmbio sabendo que não sei me adequar muito bem a ambientes e pessoas desconhecidos.


Experiência de experimentar o mundo. Como eu estou vivendo isso agora! De se ver imerso em uma realidade distinta - no caso, o México - e tentar a todo momento entender o que se passa na mentalidade das pessoas aqui, o que é cultural, como é o estilo de vida. Me colocar no lugar do outro e tentar compreendê-lo. Além disso, um dos meus companheiros de trabalho no orfanato é um israelense que mora na Nova Zelândia de mãe francesa e pai sul-africano que já conheceu mais de 30 países, principalmente através da AIESEC. E nesse contexto já tive várias conversas sobre a felicidade em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, a origem do xenofobismo em alguns países... e por aí vai. Sem falar do gosto que é passar trinta minutos respondendo perguntas do tipo "Como se fala ... em português?" para crianças de um orfanato que nunca pensaram que podiam conhecer outro lugar do mundo.

Experiência de ter histórias para contar. Para cada uma dessas coisas fortes que a gente vive, parece que fica uma foto marcada na cabeça. Como a satisfação no final do Treinamento de Membros que ajudei a organizar, o êxtase do momento de ser jogado na piscina quando eleito Diretor, o conforto do abraço quando não fui eleito Presidente, o nervosismo de facilitar pela primeira vez em conferência nacional ou o banner da AIESEC me esperando na rodoviária quando cheguei no México. Tantas coisas.

Por essa que estou no momento de me perguntar: Será que já explorei tudo que tenho para explorar dentro da AIESEC? Será que não quero coletar mais algumas experiências AIESECas?

E voltando à parte de tesouro escondido, por que escondido? Porque infelizmente nem todas as pessoas tem acesso a conhecer esse tesouro. Se você conheceu, fique muito feliz por isso.

Como últimas palavras do post, queria expressar meu desejo para todos que conhecem essa organização, para aqueles que já estão na AIESEC e para aqueles que ainda pensam em entrar:

Tenha uma incrível Experiência de AIESEC! Desfrute-a!

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