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Que país é esse?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011


Possui fartura em diversos tipos de frutas tropicais, como coco, caju, banana, abacaxi, manga, limão... As pessoas comem arroz quase todo dia.
Em geral, seu povo é simpático e amigável, não sendo difícil de conseguir um sorriso do rosto. Mas volta e meia se ouve casos de corrupção, tanto no serviço público quanto na política, que há pouco, saiu de vários anos de ditadura militar.
Os serviços públicos são precários. Grande parcela da população é pobre. Meio à pobreza, é possível notar a presença de muita gente rica! O que não falta eh Corolla no meio da rua. Nesse país, é visível a grande desigualdade social.
É um país bastante religioso, que cultiva tradições, mas ao mesmo tempo a gente sente um espírito malandro, de dar aquele jeitinho e de não seguir tudo à risca.
Possui mais de 150 milhões de habitantes.
( ) A . Brasil
( ) B . Rússia
( ) C . Bangladesh
( ) D . EUA
Tá difícil?... É o Brasil?... E se tudo isso for num território um pouco maior que o Amapá?
Resposta C, Bangladesh!
Aqui em Bangladesh estou como se tivesse usando uma lupa, examinando o Brasil. Os dois países são bem parecidos! Quase tudo que vejo aqui, também vejo no Brasil, em especial no Ceará. Sendo que aqui é bem mais nítido, ampliado.
Nessa primeira semana, o que tivemos foi algo bem de leve, servindo para nos aprofundarmos no funcionamento e na cultura do banco. No 1º dia, fomos recebidos por alguns coordenadores, que palestraram sobre as operações e a cultura da organização, e pela diretora do departamento internacional, que deu as boas vindas mais “fofinhas”. No 2º dia vimos alguns vídeos, que, em geral só falam coisas boas da instituição, não se aprofundando muito.
Só deu pra perceber algo mais concreto no dia seguinte, quando visitamos um vilarejo rural, próximo da capital. Bizarro como se parece com o Brasil. Eu estava no interior do Ceará, tanto pelo jeito das pessoas, quanto pelo ambiente! Então, surgiram muitas perguntas interessantes, cujas respostas pretendo tirar dos próximos dias, como ”Será que isso funciona na cultura brasileira e que pontos do sistema daqui precisam ser adaptados a nossa realidade brasileira pra que o conceito de negócio social funcione no Brasil.
Mas observando as coisas por aqui, com essa lupa, dá vontade de voltar para o Brasil e ajudar a implementar soluções para os nossos problemas coletivos. Queria eu que todo mundo aí pudesse passar pela mesma experiência e criasse a mesma vontade. Poderíamos nos juntar e fazer coisas muito boas!
Hoje vi um filme sobre a replicação do Grameen Bank na Costa Rica. Numa palestra o Yunus pergunta para a platéia de mulheres empreendedoras que pegaram empréstimo no banco: “Que problemas vocês enfrentam nos negócios?” Daí uma delas começa a dar seu depoimento, reclamando do mercado, que o preço dado ao produto dela era muito caro e coisa e tal... Daí ele pergunta: “Quem aqui já enfrentou problemas com o mercado?” Todas elas levantam a mão! Então, era de se esperar que o Yunus tivesse uma resposta pronta de como vencer as barreiras de preços baixos no mercado. Mas daí ele manda uma mais ou menos assim: “Se reúnam e discutam sobre seus problemas comuns, que logo surge uma solução!” Ou seja, a resposta para o problema do grupo vem do próprio grupo e não de um sabichão de fora! Fantástico! Acho que tá faltando isso no Brasil...Galera se juntar e achar solução!
Próxima semana, iremos viajar para um interior distante, passar 5 dias no vilarejo. Na volta conto mais =D!

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