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Aventuras enchiladas!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Hey AIESEC!





Como estão todos aí no Brasil? Desculpem a demora por postar aqui. Os dias aqui estão muito corridos! Estão nos levando para conhecer vários lugares, tive que mudar de host family duas vezes essa semana... E por ai vai. Não deu muito tempo para ficar à toa e escrever. Mas cá estou... Tem tanta coisa para falar que vou dividir em tópicos. =p

Essa foto é de quando foram me buscar na rodoviária.



1. Casa Hogar e as crianças
Primeiro, vamos falar do mais importante de tudo aqui no México - meu trabalho na Casa Hogar de Córdoba, que é um orfanato aqui. Aqui vamos trabalhar eu, Stephane - um cara da Nova Zelandia que foi MCP09-10 - e Renato, de Fortaleza. Eles dois provavelmente começaram a trabalhar hoje. Já comecei desde quinta-feira.

Tenho certeza que vai ser uma experiência incrível aqui. As pessoas sao muitíssimo amigáveis e há muitas coisas que eu posso fazer para melhorar. Uma combinação e tanto! Dadas as necessidades daqui, vou trabalhar buscando parcerias para eles, que estão bem ferrados de dinheiro, e vou buscar mais voluntários para aqui, além de ajudar na organização da administração daqui, que é bem precária. Como todo bom AIESECo, no meu primeiro dia fiz o meu PLAN, com direito a PO e tudo! Depois tive que refazer quando os outros trainees chegaram... Trabalhando Visão Horizontal! :D

As crianças aqui são muito carinhosas. Eu não tenho lá muito jeito para as crianças e aqui fico sentado numa cadeira dentro do escritorio. E mesmo assim, já no segundo dia, veio uma criança toda tímida me dar um abraco bem rápido e depois sair correndo com vergonha. E toda hora vem alguma niño aqui na minha sala conversar comigo. Tem um chiquitito aqui, com mais ou menos dois anos, que todo dia aparece umas 5 vezes aqui para perguntar várias vezes qual é o meu nome... =p Hoje tivemos que pedir um tempo pra trabalhar, porque eles não queriam sair de perto da gente.

Em suma, já está sendo bom, mas promete ser ainda melhor!

2. Ano Novo Mexicano
O Reveillon daqui tem certas coisas bastante parecidas com o do Brasil. Em geral se passa a virada em uma ceia em família e depois se vai a alguma festa na casa de um amigo. A primeira diferença foi que aqui se veste roupa social para a ceia de ano novo.

Passei a virada na casa da familia de Andrea, uma menina da AIESEC daqui. Família enorme - umas 40 pessoas lá e não estavam todos. E foi incrivel como foram receptivos comigo e com o Saulo, também do ITA. Cheguei travadão lá, mas depois de uma hora já estava de fato me sentindo em casa. Uma coisa que é bem corriqueira aqui, principalmente nas reuniães de familia, é ter um karaoke. Eles passaram a noite cantando e até me fizenta cantar "La Chica de Ipanema", que é a música brasileira mais conhecida aqui, junto com "Namorar pelado". E o jantar foi muito, muito bom.

Pelas três horas, fomos a casa de uma amiga da Andrea. Era uma festa em casa e a família era bem animada. Lá, aprendi a dancar um pouco de salsa e reaggeaton. No final, já estava morto porque havia dormido pouco no dia anterior. Fomos dormir as 6 da manhã - aqui é muito normal que os jovens só voltem para casa para o café da manha ou mais tarde.

3. Passeios por Córdoba
Aqui já visitei três lugares: El Corazón de Metlac (uma subida numa montanha pequena até um ponte de 400m com vista incrível - na foto), las antenas (de comunicacao - um lugar também alto de onde se vê as cidades da região de Córdoba. Fomos à noite e foi uma vista muito massa) e a unas cascadas (uma cachoeira).

No primeiro destino, tivemos que subir uma escada de 500 degrais mais um barrancozinho. Pense num cansaço! Na cachoeira, tínhamos que andar escalando várias pedras. Sortudo que sou, caí no rio quando tentava passar de uma pedra por outra e, se não seguram minha mão, teria side levado pela correnteza. Gracas a Deus nao tive nada e a vista da cachoeira me recompensou todo o esforço.

4. Experiência trilingue
Uma das coisas mais difíceis aqui tem sido falar em três línguas. Falo português com os brasileiros, espanhol com os mexicanos e inglês com Stephane, que é da Nova Zelândia. E muitas vezes falo as três línguas num mesmo ambiente. Tem hora que trava. Vou falar em inglês e fico pensando em espanhol e saem algumas palavras castellanas no meio do "The book is on the table". Mas é bom que vou poder praticar as duas línguas.

5. Conversa sobre mortos
Uma das conversas mais interessantes que tive aqui foi sobre mortos. Me disseram que como se lida com a morte de um familiar varia muito com a regiao do México em que está. Mas há lugares em que depois que se enterra o defunto, fazem uma festa em sua homenagem. Festa, festa mesmo. Chalo, um cara daqui, me disse que em seu enterro nao quer choro, mas uma festa grande. E me disse também que há um lugar onde nos dias dos mortos se desenterra o cadáver, trocam sua roupa, penteia seu cabelo e fazem um jantar em cima da tumba. É simplesmente incareditável. Mas, claro, eles só fazer isso depois de uns 5 anos da morte, porque antes não se pode aguentar o cheiro.

6. Saudade de casa
Eu não esperava ter tanta saudade de casa. Não sei se por causa da época do ano, se porque só volto para casa no carnaval ou simplesmente por estar em um ambiente diferente. Se parece mais ou menos com a saudade que sentia quando fui para o ITA. Mas é uma experiencia legal gerenciar essa saudade para que isso não atrapalhe o intercâmbio. E com o tempo (ou a falta dele, talvez) isso melhora bastante. E graças a Deus existe skype! Sem ele estava perdido.


Bom, tinha mais coisas para falar mas acho que para um post já está suficiente. Ainda não baixei as fotos para o pc, mas assim que fizer ponho no facebook. Fica para o próximo detalhar mais sobre a comida mexicana, que inspiraram o título desse post, já que tudo aqui é picante!

Se quiserem saber mais: gentilporai.blogspot.com

¡Hasta luego!

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